ATA DA TRIGÉSIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 22-12-2011.

 


Aos vinte e dois dias do mês de dezembro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quarenta e seis minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Professor Garcia e Reginaldo Pujol. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos no dia treze de dezembro do corrente. Durante a Sessão, foram aprovadas as Atas da Centésima Vigésima e Centésima Vigésima Primeira Sessões Ordinárias e da Quadragésima, Quadragésima Primeira e Quadragésima Segunda Sessões Solenes. Após, a senhora Presidenta registrou o lançamento, por este Legislativo, do livro “Conselhos Municipais de Porto Alegre: Legislação Compilada”, procedendo à entrega de exemplares dessa obra aos senhores vereadores. Em prosseguimento, foi apregoado o Projeto de Lei do Legislativo nº 213/11 (Processo nº 3844/11), de autoria da vereadora Fernanda Melchionna, juntamente com o vereador Pedro Ruas. A seguir, a senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao senhor José Albino Maciel, Presidente da Associação Comunitária do Parque Ararigbóia, que discorreu sobre a participação comunitária no desenvolvimento das atividades da Secretaria Municipal de Esportes, Recreação e Lazer. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Professor Garcia, Fernanda Melchionna, Carlos Todeschini e Dr. Raul Torelly manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Professor Garcia e Airto Ferronato. Às quinze horas e quarenta minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, para realização de solenidade de assinatura do Termo de Adesão desta Câmara à Campanha Gaúcha de Acessibilidade – Programa Legislativo Acessível –, sendo retomados às quinze horas e quarenta e cinco minutos. Após, a senhora Presidenta registrou o comparecimento, neste Legislativo, do senhor Cláudio Silva, Diretor-Presidente da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiência e de Altas Habilidades no Rio Grande do Sul – FADERS –, concedendo a palavra a Sua Senhoria, que discorreu sobre a Campanha Gaúcha de Acessibilidade – Siga essa Ideia Tchê, promovida pela FADERS. Em prosseguimento, a senhora Presidenta procedeu à entrega, ao senhor Cláudio Silva, de exemplar do livro “Conselhos Municipais de Porto Alegre: Legislação Compilada”. Também, foi apregoado o Projeto de Lei do Legislativo nº 235/11 (Processo nº 4040/11), de autoria da Mesa Diretora. Às quinze horas e cinquenta e seis minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e cinquenta e sete minutos. Em seguida, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado, nos termos do artigo 180, § 4º, do Regimento, a tratar da criação do Parque do Gasômetro. Compuseram a Mesa a vereadora Sofia Cavedon, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, a senhora Jacqueline Sanchotene e o senhor Rogério Dal Molin. Após, a senhora Presidenta concedeu a palavra, nos termos do artigo 180, § 4º, incisos I e II, à senhora Jacqueline Sanchotene e ao senhor Rogério Dal Molin, que se pronunciaram sobre o tema em debate. Em COMUNICAÇÕES, nos termos do artigo 180, § 4º, inciso III, do Regimento, pronunciaram-se os vereadores Toni Proença, DJ Cassiá e Reginaldo Pujol. Ainda, a senhora Presidenta concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema em debate, à senhora Jacqueline Sanchotene. Após, a equipe de jardinagem da Câmara Municipal de Porto Alegre procedeu à entrega, aos senhores vereadores, de mudas de árvores produzidas neste Legislativo. Durante a Sessão, os vereadores Alceu Brasinha, Reginaldo Pujol, Fernanda Melchionna, Airto Ferronato, Nelcir Tessaro, Sebastião Melo, Toni Proença, Mauro Pinheiro, João Antonio Dib e Professor Garcia manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foi registrada a presença, neste Plenário, da senhora Suzana Zart. Às dezesseis horas e trinta e cinco minutos, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos da presente Sessão e da Terceira Sessão Legislativa Ordinária. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e secretariados pelo vereador Paulinho Rubem Berta. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria dos seus integrantes.

 

 


A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Estão abertos os trabalhos da 30ª Sessão Extraordinária.

Em primeiro lugar, quero socializar – antes que os Vereadores saiam, para que possam pegar um exemplar – o lançamento do livro “Conselhos Municipais de Porto Alegre – Legislação compilada”. O nosso Grupo trabalhou dede 2010 com a colaboração intensa da CCJ, dos Vereadores que compunham a CCJ na época, retirando e identificando os Conselhos existentes, melhorando a sua legislação, discutindo com os Conselhos, colocando toda a previsão dos Conselhos Municipais. É um excelente material para que a nossa Cidade possa entender, compreender e aprimorar o funcionamento dos 26 Conselhos Municipais existentes, sendo que 25 deles em plena atividade.

Nossos parabéns à Comissão coordenada pela Rosi, funcionária que faz este trabalho já há alguns anos. Está à disposição dos Srs. Vereadores e das Sras Vereadoras. O Vereador Todeschini recebe o primeiro exemplar.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, em nome de quatro conselheiros gremistas que estão aqui: o Ver. Alceu Brasinha, Ver. Reginaldo Pujol, Ver. Luiz Braz e Ver. Pedro Ruas, queremos desejar um Feliz Natal e um Feliz Ano-Novo.

Ontem, o nosso presidente do Grêmio mandou entregar um presentinho para cada um, um mimo, em cada gabinete.

Então, o Grêmio deseja um Feliz Natal, um Feliz Ano-Novo, porque, se Deus quiser, o ano que vem será um ano bem melhor.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Vereadora, complementando aqui, no último apelo do ano, mais uma vez, eu fui vencido pelo sistema eletrônico, continuo ausente aqui, ainda que presente. A minha presença é em homenagem a V. Exª, que, de forma tão dedicada, conduziu os trabalhos até este momento e que, agora, preside uma nova Sessão e continua trabalhando na Casa pelo interesse da sociedade gaúcha. Um abraço para a senhora, Boas-Festas e um bom Natal.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada, Ver. Reginaldo. Devolvo os elogios.

A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Muito rapidamente, Verª Sofia, venho em nome do PSOL, em meu nome e do Ver. Pedro Ruas, fazer as devidas considerações, neste momento de última Sessão Legislativa de 2011, à Presidente, porque, via de regra, nós, no final da Sessão Legislativa, fazemos um balanço dos profícuos trabalhos durante o ano. E neste momento da última Sessão que V. Exª preside, estará aqui, na semana que vem, trabalhando como todos nós, gostaria de deixar o registro, em nome do PSOL, da bela presidência que foi feita durante este ano, na Câmara Municipal, dos belos trabalhos em relação à comunidade, ao ônibus, que mostram uma aproximação do Legislativo com os problemas reais da Cidade, exercendo, de maneira independente, autônoma, o poder do Legislativo para cobrar o Executivo, buscando uma cidade mais democrática e melhor. Uma saudação do PSOL a V. Exª, prospectando que, em 2012, nós sigamos com esses belos trabalhos. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Verª Fernanda.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Minha cara Presidente, em meu nome, em nome do meu Partido, quero dizer – e V. Exª sabe disso – que já tive a satisfação de ter sido Presidente da Câmara. E eu sei, vamos dizer assim, até do charme que é, da grandeza e da importância de ser Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, mas sei também das grandes responsabilidades e das questões que, às vezes, nos aparecem, e bastante difíceis, como Presidente.

Daí por que estamos aqui, para lhe trazer uma saudação, um abraço, cumprimentá-la por este ano de presidência e para dizer que a Câmara Municipal de Porto Alegre se engrandece cada vez mais cada vez que temos uma composição de Vereadores e de Mesa que levam adiante, com sabedoria, as coisas do Município de Porto Alegre. Fazendo isso, nós estamos fazendo para nós, sim, para o Executivo, sim, mas muito, e principalmente, para todo cidadão e cidadã do Município de Porto Alegre.

Um abraço, Feliz Natal a todos nós. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Airto; obrigada pela parceria também.

 

O SR. NELCIR TESSARO: Vereadora Sofia, eu quero, em meu nome, em nome do meu Partido, o PSD, agradecer todo o apoio que recebemos, durante este ano, da sua presidência, da sua estrutura, cumprimentá-la pela condução dos trabalhos e desejar um Feliz Natal e Ano-Novo também. E que possamos, no próximo ano, caminhar para fazer o melhor por Porto Alegre. Parabéns. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Vereador. Parabéns também, e sucesso com o novo Partido.

Com a palavra o Ver. Sebastião Melo.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Presidente, só mesmo a Câmara Municipal de Porto Alegre para, numa quinta-feira, véspera de Natal, começar uma Sessão às 9h30min e ainda permanecer durante a tarde. A nossa Porto Alegre é assim!

Eu queria dar um abraço em V. Exª e estender esse abraço a toda a Mesa Diretora. Eu sei que o trabalho da Mesa depende muito dos seus parceiros, dos funcionários da Casa e daqueles que foram seus diretores.

É muito honroso presidir a Casa, V. Exª fez o melhor que podia fazer. Não se agrada a todos; uma Presidência agrada e desagrada também, especialmente uma Presidência que tem opinião.

Eu me orgulho muito dos Presidentes que esta Casa já teve e da presidência que V. Exª ora encerra, voltando ao estuário natural do qual fazemos parte todos nós, porque o povo nos dá a condição de sermos Vereadores; agora, quem nos dá a condição para sermos Presidente são os colegas. E nós voltamos para o lugar que o povo nos delegou, que é o Plenário.

Eu, por exemplo, depois que deixei a presidência da Casa, tenho sido assessor da minha Bancada, não ocupei Liderança, nem Comissão, e é assim mesmo, porque eu acho que a Câmara de Vereadores me deu o maior cargo, e a Bancada também.

Então, um abraço muito forte para V. Exª, bom trabalho, e que a comunidade esteja sempre presente, sendo muito bem recebida nesta Casa.

Eu acho que nós produzimos bem para a Cidade, fiscalizamos bastante.

E, no ano que vem, vou fazer um Requerimento para revermos os últimos dez anos, fazermos um levantamento de quantas Leis esta Casa produziu e quantas estão sendo cumpridas. Eu acho que não chega a 20%. Eu quero deixar como contribuição para a Cidade um alerta de que não adianta somente votar leis; é preciso votar e cumprir as leis.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Sebastião Melo.

O Ver. Toni Proença está com a palavra.

 

O SR. TONI PROENÇA: Verª Sofia, Presidente desta Casa, eu queria reproduzir uma crônica muito feliz que fez, ontem, o jornalista Adão Oliveira, no Jornal do Comércio, dizendo que, na sua gestão, a senhora provou que a Casa pode ir ao encontro do povo - e de ônibus!

Então, quero cumprimentá-la pela sua gestão, dizer que, para mim, foi maravilhoso poder, até outubro, desfrutar a sua companhia, a do DJ Cassiá e a dos outros componentes da Mesa. Por força da minha troca de Partido, tive que abandonar a Mesa, mas foram momentos muito profícuos e de crescimento para mim. Quero cumprimentar a Verª Maria Celeste, que nos liderou na Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos, ao longo deste ano, com quem também aprendi muito; e também a Fernanda Melchionna, que nos liderou na Frente Parlamentar de Incentivo ao Livro e à Leitura. As mulheres da Casa me lideraram e me conduziram por este caminho de construir a Cidade que queremos. E, principalmente, agradeço aos servidores desta Casa, que eu simbolizo na pessoa do “nosso Vereador 37”, como diz o Ver. João Antonio Dib, o Luiz Afonso, que nos dá tranquilidade para que façamos todas as votações e a liturgia do plenário e da Casa sem nenhum percalço. Parabéns a todos, a todos os servidores! Feliz Natal e bom Ano-Novo para todos!

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Toni. Foi uma honra também compor a Mesa com Vossa Excelência.

Ver. Mauro, por favor.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon, é com muita honra que falo em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores e em meu nome. Quero dizer que, para nós, do PT, foi uma grande honra, neste ano de 2011, ter na presidência da Casa a Verª Sofia Cavedon, uma integrante da nossa Bancada, que fez um excelente trabalho, um trabalho democrático, com muito empenho, sempre lutando pela democracia na Cidade, o que honra muito a nossa Bancada. Para mim, ser Líder dessa Bancada num ano que teve V. Exª como Presidente da Casa, fazendo esse belo trabalho, nos honra muito. Quero dizer também que foi muito importante todo esse trabalho de ligação da Câmara Municipal de Porto Alegre com as comunidades, com as vistorias nos ônibus, um trabalho incessante que V. Exª fez, comandou esta Casa, e todos os Vereadores puderam ver a Cidade, aquela cidade de Porto Alegre que, muitas vezes, não é conhecida pela população, pela sociedade. Nós estivemos em cada rua, em cada beco, levando a Câmara Municipal de Porto Alegre, e muito me orgulhou ser comandado por V. Exª, estar junto, trilhando esse caminho de democracia e de trabalho. Tenho certeza de que V. Exª fez tudo isso com muito amor, muita dedicação e muito carinho.

Parabéns à nossa Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre! Desejo um Feliz Natal à Verª Sofia, à sua família, agradecendo a todos que trabalham nesta Casa a dedicação, o suporte que nos dão para que nós possamos exercer o nosso trabalho com dedicação e vontade.

Gostaria também de dizer que, para nós, do Partido dos Trabalhadores, é um privilégio ter a terceira mulher do PT comandando esta Casa. (Palmas.) Esperamos que os outros Partidos façam a mesma coisa, indiquem mulheres para comandar a Casa. Muito obrigado e um Feliz Natal à Verª Sofia Cavedon, a todos os Vereadores e a todos os que trabalham nesta Casa.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigado, querido Mauro, da minha Bancada, o que muito me emociona.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente Sofia Cavedon, estamos chegando ao final de uma Sessão Legislativa; felizmente, pela alteração da Lei Orgânica, acertando, igual ao resto do País, o término desse período. Foi um ano de acertos e desacertos. Muito mais acertos, evidentemente, do que qualquer desacerto. Esses acertos se devem à sintonia que sempre houve entre a Mesa e as Lideranças, que, nas segundas-feiras, sentavam, combinavam, e nenhum atrito maior aconteceu.

Em nome do Governo, em nome do Partido Progressista, eu quero agradecer a colaboração de todos os meus colegas, que viabilizaram a realização de uma série de eventos e obras em benefício da própria população, o que é a nossa obrigação – servir a população que nós representamos. Pela nossa presença, nós somos a síntese de toda a população porto-alegrense.

Eu quero também agradecer aos servidores da Câmara, que foram realmente incansáveis. E posso, como disse o camarada Proença, simbolizar no 37 o nosso agradecimento – do Partido e do Governo – por tudo aquilo que os servidores estiveram sempre prontos a fazer; em todas as Comissões, na Taquigrafia, na Imprensa, enfim, nós sempre fomos bem recebidos e sempre tivemos a atenção de todos.

A Presidente fez o que podia fazer e merece o nosso respeito e o nosso carinho. E nós desejamos a todos saúde e paz. E, se eu tivesse que dizer uma coisa só, eu diria paz! Saúde e PAZ para todos! Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. João Antonio Dib. A sua parceria foi imprescindível durante este ano.

Ver. Professor Garcia.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Prezada Presidente Sofia, eu quero, em nome dos meus colegas, dizer que fim de ano é sempre assim, não é a primeira vez, este Vereador já está há 15 anos na Casa, sabemos o atropelo que é final do ano. Ao mesmo tempo, eu queria dizer da minha alegria, após dois anos fora desta Casa, ter retornado este ano. E aqui quero saudar os meus colegas Vereadores pela forma solícita, pela disputa aguerrida, muitas vezes, mas aqui é o lugar de falar, de discutir, de divergir.

Quero fazer também um agradecimento aos servidores da Câmara, que continuam sempre com o seu atendimento e nos servindo de suporte para todas as nossas necessidades. Quero saudar V. Exª pelo trabalho - sei que é árduo. Desejo um bom retorno para a planície, e esperamos que o próximo ano seja também repleto de realizações. Vou aproveitar para desejar a toda a população de Porto Alegre, aos nossos munícipes, um Feliz Natal, com muito amor, muita saúde, que o próximo ano seja repleto de realizações e que a população possa, cada vez mais, nos acompanhar e talvez mudar um pouco daquele conceito que tem sobre a classe política. Podem ter a certeza de que os que aqui trabalham, que foram referendados pelo voto popular, procuram fazer o melhor para a sua população. Então, em nome dos meus colegas, quero agradecer pelo seu trabalho e agradecer à população como um todo. Muito obrigado. Bom 2012!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada, Professor Garcia. Muito obrigada por todas as manifestações.

Apregoamos o PLL n° 213/11, de autoria da Verª Fernanda Melchionna e do Ver. Pedro Ruas, que inclui a efeméride Dia Municipal do Ciclista e de Incentivo ao Uso da Bicicleta como Meio de Transporte.

 Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. José Albino Maciel, representando a Associação Comunitária do Parque Ararigbóia, está com a palavra, pelo tempo regimental de dez minutos, para tratar de assunto relativo à participação comunitária no desenvolvimento das atividades da Secretaria Municipal dos Transportes.

Maciel, muito bem-vindo! Bem-vinda a comunidade que o acompanha! Bem-vindos, Professor Eduardo, Professora Deise!

Agradeço muito a vocês a paciência; o atraso é porque votamos muitos Projetos importantes de ontem para hoje.

 

O SR. JOSÉ ALBINO MACIEL: Boa tarde! Boa tarde à Presidente da Casa, boa tarde às Sras Vereadoras, aos Srs. Vereadores! Meu nome é José Albino Maciel. Sou da comunidade do Parque Ararigbóia, Presidente da Associação Comunitária do Parque Ararigbóia. Estou aqui, juntamente com representantes dos espaços do Ginásio Lupi Martins, do Ginásio Tesourinha e do Cecopam, com alguns Professores e alguns amigos, e estava aqui, até há poucos momentos, o Secretário de Esportes.

A finalidade da nossa visita aqui é que nós fizemos uma angariação de assinaturas para denunciar a situação da Secretaria Municipal de Esportes. Nós, juntamente com os professores, trabalhamos para obter essas assinaturas. Na hora de entregá-las ao Sr. Prefeito, não conseguimos agenda de maneira nenhuma, não houve possibilidade. Fizemos várias investidas para conseguir essa agenda, e não foi possível. Então, nós apelamos à Tribuna Popular para, através do Líder da Bancada, encaminhar o nosso apelo ao Prefeito Municipal.

Nós somos da comunidade e trabalhamos como parceiros da Secretaria Municipal de Esportes, parceiros incondicionais; parceiros para todas as horas, parceiros para ajudar a manter os espaços, desenvolver as pessoas e qualificar o nosso povo. É por isso que estou aqui.

Já que eu tive a oportunidade de usar esta Tribuna, vou começar a falar do que consta na carta ao Prefeito. É sobre o sucateamento, o esvaziamento, a desativação e a desagregação da Secretaria Municipal de Esportes. São dois os itens, sendo o primeiro Recursos Humanos. Os Recursos Humanos estão cada vez mais escassos. O último concurso publicou três editais, sendo que, no último, não incluía concurso para Professores para a SMED. Todos sabem que os professores da Secretaria Municipal de Esportes têm uma característica diferente dos professores dos colégios. Eles são professores que atuam com um público muito diversificado, em diversos lugares, para completar a sua carga horária.

Então, a Secretaria Municipal de Esportes possui um quadro de 123 professores; 17 são emprestados; 10 são da FASC; 2 da Secretaria de Esportes do Estado, e 93 são os realmente da SMED. Mas a nossa preocupação é que esses emprestados, em um determinado momento, podem ser requisitados pelo seu local de origem. E o outro fato é que, até o final de 2013, 43 professores da Secretaria Municipal de Esportes estarão se aposentando.

É um trabalho bonito o que a Secretaria faz, todo o mundo sabe; quem não conhece pode conhecer; nós estamos à disposição para informar. E, de repente, o professor se aposenta e leva consigo uma bagagem de informações que não consegue transmitir para outros professores, e amanhã ou depois, quando a gente quiser encetar alguma política, alguma ação social, de esporte, então a gente tem que começar tudo do zero; por exemplo, o tratamento com os idosos, porque tratamento com os idosos não é uma coisa especial, é uma coisa para toda a Cidade, porque todo o mundo um dia vai ser idoso. Então, esse é o quadro dos Recursos Humanos.

Tem aí os recursos materiais. Os recursos materiais são ínfimos, cada vez menores. Para vocês terem uma ideia, a gente atingiu, em determinado momento, 0,53% da dotação do Orçamento - isso em 2001; depois, em seguida, 0,56%, 0,50%, e daí foi baixando; este ano, 0,37%, o que significou também a baixa dos atendimentos. Quando nós tínhamos mais recursos, os atendimentos chegaram a mais de R$ 1,8 milhão; agora, em 2010, R$ 719 mil.

Além disso, temos 22 parques e praças que eram administrados e ativados pela SME; hoje, estes espaços públicos encontram-se desativados pela falta de recursos humanos - professores, estagiários e funcionários -, privando, assim, as suas comunidades das atividades de esporte, recreação e lazer. E, para piorar, esses espaços estão sofrendo um rápido processo de depredação, implicando a depreciação do patrimônio e, em última instância, do serviço público.

O que nós queremos, o nosso objetivo, é denunciar o que está acontecendo com a SME, o descaso dos últimos anos; queremos sensibilizar os diversos segmentos e atores que podem deliberar pelas alterações orçamentárias pleiteadas. O objetivo é atingir 1% da dotação do Orçamento, indicativo da última Conferência Nacional de Esportes.

Gostaria de enaltecer o trabalho da Administração da Secretaria Municipal de Esportes, que faz, como se diz, “das tripas coração”, virando-se para que as coisas aconteçam. Nós, como parceiros, participamos, estamos sempre conscientizando e mobilizando a comunidade no sentido de preservar o espaço público e não deixá-lo sucatar, porque, no momento em que nós, comunidade, não tivermos mais presentes nesses espaços, eles vão ser tomados pelo vandalismo, que é uma característica da nossa sociedade, uma herança cultural - todos sabem - que a gente tenta coibir. Então, os professores também se desdobram e são contemplados com mais horas, mas isso também onera os professores.

Eu gostaria de passar este calhamaço de assinaturas, que nós angariamos, para o Ver. João Dib, que, no momento, não está aqui, mas foi o que nós colhemos e queremos que seja encaminhado ao Prefeito. Fiz essas denúncias, esperando a colaboração de todos os Vereadores, no sentido de dotar a Secretaria Municipal de Esportes de recursos, uma vez que ela faz um trabalho muito bom, muito bonito socialmente. Em questão de saúde, os idosos, tendo uma vida melhor, não vão procurar hospitais e não terão um dispêndio muito maior. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sr. José Albino Maciel, eu o convido a compor a Mesa.

O Ver. Professor Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder, e, após, prossegue sua manifestação nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu, Vereador Professor Garcia e professor de Educação Física, quero fazer algumas considerações que acho importantes. O meu primeiro mandato aqui nesta Casa foi em 1996. Quando eu fui eleito em 1º de janeiro de 1997, trouxe comigo o Professor Francisco Dublin de Britto, que está hoje ainda na SME; antigo diretor do atual DEP.

Na época, o Chico - que é como vou chamá-lo - nos trouxe, e nós apresentamos uma Emenda ao Orçamento, foi para o Plano Plurianual de 1997, que valeria até o ano 2000. Naquela época, era 0,52 o Orçamento do Município. Tivemos a proposta de uma Emenda para incluir 0,12 a cada ano, gradativamente, para chegar ao ano de 2000 com 1%.

Lembro-me que, na época, a então Secretária, Professora Rejane Penna Rodrigues, veio conversar comigo, pedindo para não ser contemplada. Eu era um Vereador da base do Governo, na época, pelo PSB nos três primeiros mandatos.

Fomos conversar com o Prefeito Pont, e ele disse que não tinha recurso. Eu não retirei a Emenda, mas ela foi rejeitada. Comecei uma luta durante três anos e meio, e aí sim, depois, o Prefeito Raul Pont concordou, o que foi a minha briga com os centros comunitários, que não pertenciam à SME, o que era um absurdo, ou seja, as melhores instalações esportivas pertenciam à FASC.

Só que, no final do ano 2000, o Prefeito Raul Pont passou todos os centros comunitários para a SME, mas não trouxe a dotação orçamentária. Ainda hoje há uma dificuldade; aqui, há o pessoal do Cecopam, que sabe a dificuldade que é: há duas administrações com uma dificuldade da máquina motora. Eu sei que, muitas vezes, para começar a abertura da temporada de piscinas, há toda uma dificuldade de equipamentos.

Quero também fazer o registro de outra luta que tivemos com a categoria, que foi em relação aos profissionais que logo começaram a se aposentar, descobriram que o tempo de aposentadoria não era o mesmo dos demais professores, porque eles não estavam dentro do sistema municipal de ensino, e tiveram que ter um tempo a mais para se aposentarem. No ano de 2004, houve o concurso público, que foi o único específico na SMED, por profissionais de Educação Física. Tinha que ser profissional em Educação Física, registrado, inclusive, no Conselho. E aqui está falando alguém que representa o Rio Grande do Sul junto ao Conselho Federal de Educação Física. Sabem quantos foram chamados? Daquele concurso, apenas três foram chamados: um por quota e dois ingressaram, porque, senão, terminaria a vigência dos quatro anos, e nenhum teria sido chamado. Todos os demais professores, que hoje estão na SME, não são do Quadro da SME, são cedidos da SMED para a SME. E o que, na época, nós denunciamos? Entra no bolo comum da Educação e é desviado para a SME. Não se fez mais concurso especificamente para a SME; não sei se vai sair, poderá sair. Então, quando eu vejo que o José Albino solicita 1%, quero dizer que, para o Orçamento de 2012, não pode, já foi votado. Talvez seja um pleito para o Plano Plurianual de 2013 a 2016 - tentaremos incluir. O que acontece hoje? Porto Alegre tem 605 praças, e eu fui, por dois anos, Secretário do Meio Ambiente. Ora, tantas e tantas praças são recuperadas com equipamentos públicos, mas falta o elemento motivador, que é o profissional de Educação Física e não tem; nós sabemos da carência, hoje, da SME. E, quando o senhor fala que faz “das tripas coração”, é verdade, mas só que não adianta, entra governo, sai governo - e está falando alguém que é da base do Governo -, e não melhora, não evolui. E esse dado de 43 professores que vão se aposentar é uma realidade. O que aconteceu nos últimos anos? Aquele professor tem que se dividir em dois ou três, porque ele é lotado algumas horas num lugar, lotado outras horas noutro lugar, e assim ele fica perambulando, e ninguém gosta disso. Mas essa é a dificuldade.

Então, eu quero, ao mesmo tempo, parabenizar por terem a coragem de vir a esta Casa, e só lastimamos que hoje seja o último dia deste ano; nós ficamos, desde ontem, praticamente votando o dia inteiro - de manhã, de tarde e uma parte da noite - e hoje cedo também, até aquela hora em que vocês já estavam aqui. O registro fica, a observação fica aqui feita.

Também quero parabenizar os usuários - eu vejo aqui o ex-presidente do Conselho Municipal do Idoso -, e eu vou homenagear a ti, Deise, que está saindo, e dizer que, cada vez mais, nós precisamos de profissionais abnegados: tu és daquelas que não só dão aulas, mas conseguem criar um vínculo com aqueles com quem trabalham diariamente.

Eu quero desejar a todos um Feliz Natal, um bom Ano-Novo. Continuem mobilizados. Essa á uma luta árdua, mas, infelizmente, para 2012, não tem a mínima possibilidade, porque o Orçamento já foi votado. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, muito rapidamente, nos dois minutos do PSOL, eu queria cumprimentar o Sr. José Albino Maciel, assim como toda a comunidade que veio hoje aqui. Infelizmente, a Tribuna acabou prejudicada, não pelo senhor - ao contrário, está aqui a comunidade -, mas pelo sistema de votação, e, infelizmente, a maioria não conseguiu ouvir o seu pleito justo.

Em relação ao Orçamento, o que o Professor Garcia nos trouxe é verdade: nós já votamos o Orçamento para 2012 na Casa, mas acho que um pleito justo para todos nós é a execução daquilo que é orçado; mesmo na Secretaria Municipal de Esportes, em todas elas, Sr. José, via de regra, nem 60% do que foi orçado pela Prefeitura é executado. Então, no final, isso é muito menos do que deveria, porque já são poucos recursos, concordo com o senhor, tanto para o Esporte quanto para a Cultura e quanto para a Juventude, que são Pastas importantíssimas para o futuro de uma Cidade, para o futuro da juventude, para a qualidade de vida dos idosos e que, muitas vezes, não têm recursos para implementar projetos importantes; às vezes, nem metade daquilo que foi previsto no Orçamento é executado. Então, eu acho que é um pleito justo que já pode estar presente no ano de 2012, assim como o concurso específico para a SME. E que o Prefeito receba a Associação, porque é o mínimo dos preceitos democráticos; que haja o recebimento de um abaixo-assinado, de uma mobilização de toda uma luta da Associação com a comunidade. Não pode o Prefeito não receber aqueles que são representação de determinadas lutas da Cidade.

Então, eu requeiro à nossa Presidente, Verª Sofia, que nós possamos endossar o pedido da Associação através de um ofício ao Prefeito, para que ele receba vocês, porque é inadmissível, na democracia, não receber associações importantes. Contem conosco, do PSOL, eu e o Ver. Pedro Ruas, para as lutas do ano de 2012.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Srª Presidente, em primeiro lugar, eu quero cumprimentá-la, de modo especial, pela condução brilhante e dedicada de todo este ano. V. Exª honra o nosso Legislativo e a representação do Poder Público, mas, em especial, no exercício do papel como Presidente desta Casa.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Vereador.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Meu caro José Albino Maciel, ouvi atentamente as suas palavras e tenho a recordação aqui do Hervé, do Orçamento Participativo de 1994, 1995, 1996, quando ele chegou na busca de uma cancha de bocha. Eu me lembro de que o Hervé andava pelo Rio Grande todo falando da maravilhas da importância que era o Orçamento Participativo e a participação popular, porque isso possibilita, conforme o senhor falou, mudar a vida para melhor: mudar a vida através do esporte, através da prevenção à saúde, possibilitando uma qualidade de vida melhor para todos. Infelizmente, muitas dessas coisas que foram conquistas e que mobilizaram... Neste caso, o Parque Ararigbóia foi simbólico, todo o mundo conhecia o seu papel, o papel do Hervé e das demais lideranças, porque aquilo tinha uma marca de participação e de protagonismo sem precedentes, pois havia um público específico, e, através de uma cancha de bocha, aquilo mudou a vida de todo o mundo. Eu me lembro do Hervé fazendo palestras em Pelotas, em Santa Maria, em Rio Grande, contando como aquilo era importante para esta comunidade que está aqui hoje. Infelizmente, os últimos minutos de 2011, estamos vivendo aqui, e as coisas que já tiveram um grau de excelência, infelizmente, perderam a energia, perderam a importância e perderam a força. E eu vou dizer: não falta dinheiro para o Poder Público Municipal. Por quê? Porque este ano, Hervé, o nosso Orçamento será de R$ 4,7 bilhões. É muito dinheiro! No entanto, o Orçamento que nós temos aprovado aqui, quando é para ser executado depois, não chega a 40%. Nos últimos sete anos, a média foi de 35%. Então, isso denota um descaso, um descuido e uma perda de importância por parte das autoridades, em especial do Executivo, no que diz respeito à participação e às políticas sociais que podem gerar uma substancial alteração de valores e de qualidade de vida, tanto é que foram criadas oito novas Secretarias. Foram gastos com esses cargos, com os CCs e tudo mais, R$ 31 milhões, e a realização de políticas públicas é praticamente zero em todas elas!

É por isso que nós também fazemos aqui esta manifestação de protesto, mas também de solidariedade, porque vamos trabalhar, no ano que vem, para alterar o Orçamento, dotar a SME de mais recursos e para se tenha os professores e equipes de apoio para fazer esporte, porque esporte, antes de tudo, é saúde e qualidade de vida.

Parabéns a todos e um grande Ano-Novo à Srª Presidente pelo grande trabalho que fez aqui, nesta Câmara. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Presidente Sofia Cavedon, Sr. José Maciel, muito nos honra a sua presença aqui na Casa. Nós somos conhecedores do seu excelente trabalho junto ao Ararigbóia. Eu, que fui Presidente do Petrópole Tênis Clube e morador da região, tenho um carinho todo especial por ela. Quero saudar todos os que estão aqui, da área da Educação Física, os colaboradores das nossas praças, dos nossos parques, e dizer que temos uma sociedade cada vez mais idosa, que cada vez mais vai se beneficiar das nossas praças, dos nossos parques. Por isso, nós precisamos, efetivamente, ter políticas públicas, e o professor de Educação Física, num parque, faz toda a diferença. Ele tem a capacidade de se integrar à comunidade, com a associação; e a gente sabe que isso funciona bem no Ararigbóia. Os estagiários ajudam, mas tem que haver uma congruência geral nesse processo, e quero dizer que estamos aqui para ajudar. Sugiro que V. Sª venha à Casa no ano que vem, novamente, porque hoje já é uma manifestação importante; esse abaixo-assinado, com certeza, terá o destino que deve ter. Nós estamos em um período em que o catalisador das coisas é a Copa do Mundo. Então, que período é melhor para se fazer alguma coisa, para se crescer no esporte, na própria SME, do que a Copa do Mundo? Basta nós fazermos as ligações corretas entre as pessoas, integrar os objetivos; eu tenho certeza de que nós podemos melhorar ao longo do tempo. A presença de todos os que aqui estão, que fazem esse belo trabalho em toda a Cidade, com certeza, terá de ser valorizada. Mas, como o Professor Garcia, que é da área, bem falou, a luta é forte, é difícil, mas acho que temos muito que avançar, e somos parceiros nisso. Muito obrigado. Feliz Natal, bom Ano-Novo para todos, e tenho certeza de que vamos estar juntos!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Presidente, eu utilizei a tribuna e vou continuar como Presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude. A Verª Fernanda Melchionna também faz parte da Comissão.

Maciel, eu já quero colocar a Comissão à disposição e acertar que, no ano que, façamos uma reunião tratando especificamente desta pauta e trazendo o Executivo para discutir com vocês. Muito obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu já estava programado para fazer uma pequena manifestação nesta tarde, e acho que o momento é bastante apropriado para fazer essa conversa, neste momento, com a presença das senhoras e dos senhores presentes.

Lá em 1990, apresentei um Projeto, que hoje é Lei desde aquela oportunidade. É o Projeto que isenta de IPTU inativos e pensionistas com renda de até três salários mínimos. Fui Vereador de 1989 a 1996, voltei agora, 12 anos depois, e ainda agora recebo com frequência a presença de pessoas idosas no meu gabinete se informando sobre como fazem para alcançar a isenção do IPTU.

Em 2009, 2010, foi aprovada a Lei que cria, em Porto Alegre, o Fundo Municipal do Idoso nos mesmos moldes do Fundo da Criança e do Adolescente. Acontece que Porto Alegre pode, a partir de agora, ter mais recursos para o idoso. Para isso, precisamos divulgar mais, e isso nós começamos a fazer a partir de agora e vamos fazer no ano que vem também. Faço esse link com a presença das senhoras, dos senhores e do José Albino porque concordo na íntegra com a manifestação do Professor Garcia, de que, na verdade, é, sim, necessário e indispensável para Porto Alegre um olhar com toda a atenção para as nossas praças e parques. São centenas – 600 – de praças com uma participação bastante intensa do cidadão, e elas precisam, sim, de equipamentos. Por isso, é procedente a manifestação e a preocupação de vocês, de jogar recursos no Orçamento para isso.

O Todeschini falou em cancha de bocha, skate e etc. Além dos equipamentos, a SME precisa também ter recursos para colocar aí - e o senhor está certo, mais uma vez - o professor de Educação Física, porque é ou seriam os equipamentos de um lado e a presença do professor de Educação Física, aquela pessoa que vai - entre aspas - comandar, coordenar, orientar aquelas pessoas que estão presentes ali nas nossas praças.

Está correta a posição do Vereador Garcia - apoio a posição - de fazer, aqui na Câmara, na Comissão presidida pelo Vereador, uma reunião, chamar o pessoal do Executivo e vermos de que maneira nós podemos atender aos anseios de vocês. No mais, Feliz Natal a todos! Um abraço a vocês, e que Deus nos acompanhe neste dezembro! Um grande e venturoso 2012! Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Airto Ferronato.

A nossa Tribuna Popular conta com poucos Vereadores, porque ontem nós terminamos de votar às 20h30min e começamos hoje cedo. Os Vereadores não tinham nem almoçado. Está registrado, nós estamos ao vivo na TVCâmara. Já temos um encaminhamento, Maciel, uma sugestão da Verª Fernanda Melchionna, de que o Prefeito receba o grupo representativo do Parque Ararigbóia, que fala de uma temática que diz respeito à Cidade como um todo, que é o investimento na Secretaria Municipal de Esportes e no esporte.

No programa Câmara na Comunidade, nós tivemos o exemplo do parque esportivo da Tristeza, que, por não ter professor nenhum, virou lugar de ninguém, com mato, lixo e ônibus. Então, o compromisso da SME e do Secretário foi de recolocar um professor, de retomar as atividades lá, e nós ainda não conseguimos a viabilização.

Eu era Secretária quando nós encaminhamos o último concurso de professores. Nós sabemos que os professores vão se aposentando, e não dá para manter com estagiários, não dá para manter com orçamento tão baixo. A síntese da Secretaria de Esportes era a seguinte: faz muito com pouquíssimo recurso. Agora faz muito com quase nenhum recurso, e o desestímulo vai tomando conta dos professores.

Eu quero parabenizar a comunidade do Ararigbóia, que é um parque vizinho à minha região e perto da minha casa, que é no bairro Petrópolis. E eu sei - aliás, toda a Cidade sabe - que quem anima, quem mantém forte e organizado esse parque é a comunidade do entorno, os históricos guerreiros que aqui estão, mas o maior orgulho é vê-los lutando pela política pública do esporte para a Cidade como um todo. E nós já fizemos vários movimentos aqui, e eu quero explicar isto também, que o professor Eduardo falou comigo várias vezes este ano: no ano passado, o Ver. Nedel incorporou uma Emenda, e, no fim, ela não foi executada. Na verdade, todos os esforços que a Câmara faz aqui de apresentar emendas - e eu expliquei isso ao Eduardo -, mesmo que a gente tenha sucesso, Ver. Dr. Raul Torelly, emplacando uma emenda como Vereadores, o Executivo acaba contingenciando, e nenhuma emenda é executada, essa é a experiência dos vários anos que estamos aqui.

Então, a luta é, de fato, de sensibilização do Executivo Municipal, porque o Executivo, infelizmente, na organização da Federação, tem um grande poder sobre o Orçamento no País como um todo. O Legislativo fiscaliza, faz as mediações, intervenções, mas não ordena o Orçamento. Nós votamos, mas quem executa é o Executivo. Nós vamos mandar as notas taquigráficas desta Tribuna Popular para o Prefeito Municipal, solicitando que ele receba vocês. Neste momento, eu recebo cópia do abaixo-assinado, em nome da Casa. Pelo esforço que a comunidade faz, nós faremos esta intervenção junto ao Governo Municipal. Se nada acontecer, vocês já têm uma agenda na Comissão de Educação. No início do ano, vocês serão muito bem recebidos, e vamos respaldar esse pleito. Um grande abraço e muito obrigada pela presença de vocês. (Palmas.)

Neste momento, vamos interromper a Sessão para fazermos a assinatura da adesão ao Legislativo Acessível. Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h40min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h45min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão.

Em votação as atas disponíveis nas Pastas Públicas no correio eletrônico: Atas da 120ª, 121ª Sessão Ordinária e 40ª, 41ª e 42ª Sessão Solene (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam como se encontram (Pausa.) APROVADO.

Convido o Sr. Cláudio Silva a compor a Mesa para fazer a sua manifestação. O Cláudio lançou o programa “Acessibilidade: siga esta ideia, Tchê!”, e nós, nesse lançamento, assumimos o desafio de assinar o Termo de Compromisso do Legislativo Acessível, que dará à próxima Mesa Diretora dos trabalhos a tarefa de constituir um Grupo de Trabalho na Casa. Nós temos já uma Comissão de Obras. Nós queremos que esta Comissão, na verdade, crie uma subcomissão, aí avaliando quem deve estar junto para analisar a Casa, tomando medidas para que ela seja totalmente acessível.

Mas nós acabamos, neste momento, também, a Mesa Diretora aprovou, colocando em tramitação a criação do cargo de Tradutor de Libras, para que esta Casa, num próximo concurso, possa nomear tradutor e ter tradutores trabalhando aqui, no cotidiano, para que o surdo possa acompanhar as Comissões, as Audiências Públicas, o plenário, ou seja, para que toda pessoa com deficiência auditiva tenha condições de ser recebida com tranquilidade, sem barreiras, nesta Casa, com suas demandas atendidas e a sua comunicação e o acompanhamento garantidos. Hoje só temos a tradução através da TVCâmara, e somente em algumas programações, mas nos debates, por exemplo, ainda não a temos, mas queremos, com isso, dar um passo adiante, para que a nossa Casa possa realmente ser de todos. Muito obrigada pelo estímulo e pela parceria; nós temos uma parceria, claro, dos estagiários também.

O Cláudio Silva está com a palavra.

 

O SR. CLÁUDIO SILVA: Saúdo a Presidente Sofia; cada um dos Vereadores e Vereadoras. É uma alegria podermos estar aqui, justamente pelo empenho, porque eu penso que o simbolismo em torno dessa assinatura é para dizer do compromisso do Poder Legislativo da capital dos gaúchos e gaúchas em torno do tema acessibilidade.

Nós lançamos, em agosto, no Palácio Piratini, durante a Semana Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, um conjunto de decretos assinados pelo Governo do Estado, que firmou compromisso das ações do Governo do Estado em torno da questão da acessibilidade; seja em torno da comunicação, seja na questão dos eventos, nas publicações, nas aquisições que o Estado faça nessa linha dos livros, enfim, que seja tudo em torno da acessibilidade. Dentre outro conjunto de ações, tivemos a constituição do Comitê Gestor Estadual, composto por 12 Secretarias do Estado, que irá identificar as demandas, garantindo que o próprio Orçamento esteja voltado para aquilo que foi estabelecido no Plano Plurianual, para que as políticas públicas para as pessoas com deficiência possam avançar.

Nessa semana, houve o lançamento da campanha gaúcha Acessibilidade: Siga esta ideia, Tchê! Dentro da campanha, um dos programas é o Legislativo Acessível. Então, eu dizia, já no processo preliminar a essa assinatura, à Presidente, que significava bastante nós podermos estar aqui, na Câmara Municipal de Porto Alegre, fazendo este trato de adesão, até por conta do incentivo às demais Câmaras de Vereadores do interior do Estado, porque é um tema que precisa estar presente no debate do Parlamento e para estarem presentes também as pessoas com deficiência. Em um momento em que se luta pela questão do protagonismo, elas precisam estar presentes, acessar a informação e poder acompanhar o debate no Parlamento. Logo, o Parlamento precisa ser acessível do ponto de vista da comunicação, da arquitetura, enfim. E o importante é que a Câmara Municipal de Porto Alegre, nesta assinatura, se compromete a constituir, então, este Grupo de Trabalho, que vai identificar as demandas de acessibilidade já com ações efetivas a partir desse termo de cooperação, contratando estagiários com deficiência, por exemplo. Isso é algo que já vem sendo implantado há algum tempo, e, agora, esse compromisso, que é o Projeto de Lei elaborado, sendo apresentado pela Mesa, para a contratação de três intérpretes-tradutores de Libras, vai significar bastante para que essa política possa avançar não só como ação do Executivo, de políticas públicas, mas, realmente, com o compromisso dos Vereadores, que são a representação direta da comunidade.

Há uma parcela de representação no nosso Estado que avulta em torno de 2,5 milhões de pessoas com deficiência e que precisam, realmente, de atenção, da preocupação dos gestores, dos legisladores, para que não só a Câmara de Vereadores, o Poder Legislativo, as legislações estejam acessíveis, mas também todos os espaços públicos e privados, para que não mais aconteça, Verª Sofia Cavedon, como nós temos acompanhado em momentos muito recentes, pessoas com deficiência sendo barradas ao tentar acessar espaços comuns públicos ou privados. Agora, é um desafio à iniciativa privada garantir o acesso a todas as pessoas, mas, ainda, com certeza, o Poder Público precisa do exemplo da Câmara Municipal de Porto Alegre para avançar bastante pelo Estado, pelos Municípios do Rio Grande do Sul, para que cada uma dessas pessoas - eu dizia 2,5 milhões de gaúchos e gaúchas... No censo de 2000, o IBGE apontava 1,5 milhão, é um número muito alto de gaúchos e gaúchas. Então, a gente precisa ter cada vez mais ações, preocupação, dedicação, orçamento, projetos, políticas públicas para atender essas pessoas.

Hoje, encerrando o ano de 2011, aqui na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, a gente faz uma marca importante, que é o compromisso com a acessibilidade, uma campanha que quer sensibilizar o Rio Grande do Sul para que cada vez mais pessoas estejam aderindo a essa campanha e desenvolvendo ações de acessibilidade. A Câmara de Vereadores, então, adere à campanha, ao Programa Legislativo Acessível, e, com certeza, isso também resultará em um impacto positivo em todo o Estado, com os demais Municípios que se motivarão, a partir dessa iniciativa, a também aderirem.

Parabéns à Presidente por todo o seu empenho com esse tema; aos Vereadores, a cada um e a cada uma. Um abraço a todos que estão aqui, um Feliz Natal e Ano-Novo, e que a gente venha para 2012 com muito mais força para as peleias que vão se apresentando. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Cláudio, nós queremos passar às tuas mãos também, hoje, o livro da compilação dos conselhos municipais, que foi um dos livros que editamos este ano. Aqui está o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, que é um dos Conselhos que trabalha este tema na cidade de Porto Alegre, uma das conquistas das pessoas com deficiência da cidade de Porto Alegre.

 

(Procede à entrega do livro.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): E já vou, então, apregoar, para início de tramitação, o PLL nº 235/11, de 22 de dezembro de 2011, que cria três cargos de Tradutor Intérprete de Língua Brasileira de Sinais – Libras no quadro de cargos efetivos, constante do art. 9º da Lei nº 5.811, de 08 de dezembro de 1986, e alterações posteriores. Com este apregoamento, começa a tramitação da criação desses cargos. Nós estamos em pleno processo de realização de concurso nesta Casa, claro que ainda não incorporamos este cargo, porque precisava amadurecer, porque, no segundo semestre, não poderíamos criar cargos, pois nós temos um processo democrático de discussão nesta Casa com os servidores, mas o processo já começou a tramitar. E há outros cargos para os quais, lá na frente, nós faremos concurso. E nós queremos que esta Casa seja protagonista e vanguarda na necessária incorporação. Esse cargo também não existe na Prefeitura de Porto Alegre. A tradução é sempre uma contratação específica para um evento determinado, como se a comunidade surda não tivesse direito. Esses tempos, a Professora Ana agendou comigo, eu pensei que ela viria com um tradutor, mas, quando ela chegou, ela estava sozinha. Ela tinha direito de ter um tradutor, Ver. Todeschini, aqui nesta Casa, pois esta é a Casa do Povo. A comunidade surda é uma grande comunidade em Porto Alegre, que está estudando, que está lutando pela escola de surdos, para que, na verdade, isso continue ampliando. Nós temos uma escola pequenininha, mas o nosso CMET, Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores Paulo Freire, tem um enorme número de pessoas surdas que estão se formando no Ensino Fundamental, estão se empodeirando, estão na Cidade ocupando seus espaços. Então, este Projeto está tramitando, e deixo o nosso compromisso e o nosso agradecimento à FADERS pelo movimento que está fazendo, pelo apoio aos estágios desta Casa. Nós temos muitos estagiários que são pessoas com deficiência e que estão trabalhando aqui, aprendendo e atuando conosco, inclusive no projeto da jardinagem. Um feliz Ano-Novo para a FADERS, para as pessoas com deficiência, que vêm encharcando os Legislativos. Que este Estado seja o Estado da acessibilidade plena!

Agradecemos a presença do Sr. Cláudio Silva, Presidente da FADERS.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h56min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon - 15h57min): Estão reabertos os trabalhos.

Passamos ao período temático de

COMUNICAÇÕES

 

Hoje, este período é destinado a tratar/debater o assunto Criação do Parque do Gasômetro, trazido pela Srª Jacqueline Sanchotene. Agradeço a sua presença, Jacqueline, que veio em várias Tribunas Populares, que construiu esta Emenda, e hoje faz parte do Plano Diretor a criação do Parque.

A Srª Jacqueline Sanchotene está com a palavra.

 

A SRA. JACQUELINE SANCHOTENE: Senhoras e senhores; todos os presentes nesta Casa; telespectadores da TVCâmara e ouvintes da Rádio Web, ao informarmos a alguns amigos e amigas que ocuparíamos mais uma vez este espaço proporcionado pela Câmara Municipal de Porto Alegre, desta vez em um período de Comunicações, tratado por todos nesta Casa como PCTemático, ouvimos algumas exclamações do tipo: “de novo?!”.

Nós, integrantes do Movimento Viva Gasômetro, usaremos todas as janelas legais que a sociedade nos oferece para lutarmos pela efetivação de nossas lutas. Lutaremos pela efetiva criação do Parque do Gasômetro até que ele esteja criado. Depois, teremos de lutar para que ele seja mantido em condições para o uso da população, junto a esta Casa e também aos órgãos públicos. Não descansaremos até obter resultado ao pedido de tombamento da Usina de Gás Carbonado, a verdadeira Usina do Gasômetro, frente a esta Casa.

Às tradicionais lutas estamos incorporando novas lutas, e retomando algumas. Sobre as novas lutas, nos somamos agora à luta da Escola Municipal de Educação Infantil Jardim de Praça Pica-Pau Amarelo, localizada na Praça Gen. Osório, pela ampliação do número de vagas. Nós nos somamos também à luta da EPA - Escola Porto Alegre -, nossa antiga parceira, pelo aumento do número de vagas, incluindo a criação do curso noturno. A EPA está de festa hoje; neste momento, comemora a terceira turma formada na Instituição, desde a sua fundação, em 1995.

Sobre a retomada de lutas, em 2012, nós, do Viva Gasômetro, voltaremos a dar atenção à bela escadaria localizada na Rua João Manoel.

Feita esta introdução, queremos agora nos voltar ao tema deste período temático de Comunicações: a efetiva Criação do Parque do Gasômetro.

Nós, do Viva Gasômetro, estamos num momento nobre, feliz, pois o Projeto Cais Mauá, na última versão apresentada, incorpora o Parque do Gasômetro, conquista obtida por nós na Revisão do Plano Diretor, abrigada no art. 154, inc. XXI; conquista obtida com a inestimável parceria do Ver. Engenheiro Comassetto. Reconhecemos que, sem o caminho apontado por ele, dificilmente conseguiríamos ter sucesso em um espaço de tempo relativamente curto. Queremos agradecer aos 36 Vereadores, pois a criação do Parque do Gasômetro foi aprovada por unanimidade nesta Casa. Queremos agradecer especialmente a alguns Vereadores, pois, em momentos diferentes, suas parcerias foram fundamentais para a criação do Parque do Gasômetro. São eles: Luiz Braz, Maria Celeste, Reginaldo Pujol e João Antonio Dib.

Queremos agora tratar da extensão do Parque do Gasômetro e indicar os equipamentos desejados para ele não somente por nós, do Viva Gasômetro, mas acreditamos que também pela maioria da população porto-alegrense, indicações que tivemos através de conversas com diversas pessoas. Sobre a extensão, sugerimos que o Parque do Gasômetro tenha início na Av. Mauá, junto à Brigadeiro Sampaio, imediatamente após os prédios do Exército, e que se estenda até a Av. João Goulart, passando em frente da Usina, na Praça Julio Mesquita, finalizando no entroncamento da Av. Loureiro da Silva. O Parque deverá unir as praças Julio Mesquita, Brigadeiro Sampaio, ao Projeto Cais Mauá e à beira do Guaíba.

Acreditamos que o Parque do Gasômetro deva ser composto, primeiro, pelo maior número de área livre vegetada. O Parque do Gasômetro está localizado em uma das maiores concentrações de habitantes da cidade de Porto Alegre. O Gasômetro, especialmente nos finais de semanas, é frequentado por moradores de outras regiões de Porto Alegre, do Estado, do País e até mesmo do Exterior.

O Centro Histórico é frequentado por mais de 400 mil pessoas por dia e tem mais de 50 mil moradores. Além de uma grande área verde, sugerimos equipamentos de ginástica e uma área ao ar livre para apresentações culturais.

Acreditamos que os quiosqueiros e os hoje instalados na orla do Guaíba possam fazer parte do nosso Parque, se assim o desejarem. Para “amalgamar” nossas conquistas, com os nossos desejos para o Parque do Gasômetro, trazemos hoje a esta Casa o arquiteto, coordenador do estudo que originou o nosso desejo pela criação do Parque do Gasômetro, o Sr. Rogério Dal Molin. É também com ele que teremos o “segundo tempo” deste período temático de Comunicações. A todos, boas-festas e felicidades em 2012 e sempre! Abraços.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Convidamos a Jacqueline para compor a Mesa conosco. Com a palavra o Sr. Rogério Dal Molin, que completará o tempo.

 

O SR. ROGÉRIO DAL MOLIN: Cumprimento todos os presentes, especialmente a Presidente Sofia, pelo brilhante trabalho que vem desenvolvendo. Sinto-me muito honrado de estar aqui, nesta Casa, para ser até testemunha - como eu e a Jacqueline costumamos chamar de um case de sucesso, que foi esse gravame, no Plano Diretor, do Parque do Gasômetro. Tudo começou quando eu fui eleito Conselheiro do Plano Diretor da Cidade. Eu fui Conselheiro nos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007, e lá na gestão do José Fogaça, foi pedido para o nosso Fórum de Representação da Região 1 de Planejamento que se elencassem alguns temas importantes para serem estudados na Cidade. Após muitos debates internos, a gente chegou a uns três temas, sendo que o vencedor foi o Parque do Gasômetro. Foi desenvolvido um estudo com os Delegados do Fórum, e eu, sendo arquiteto e urbanista, consegui direcionar o trabalho de uma forma bem satisfatória, que fosse bem fácil de ser entendida. Ao entregar esse trabalho, num simpósio feito lá no prédio da Prefeitura nova, no auditório, pensávamos que nosso trabalho tinha sido feito e que tinha sido ali o final dele. Mas acontece que a Jacqueline Sanchotene, que era participante do Fórum e que também participou desse trabalho que a gente fez, não se conteve e continuou fazendo cobranças e fazendo visitas a Vereadores e a outras personalidades para que a ideia do Parque do Gasômetro não morresse, para que essa ideia fosse adiante. E eu, na época, como Conselheiro, pensei que o trabalho tinha sido feito, mas, para minha surpresa, a Jacqueline pegou esse trabalho, botou embaixo do braço, como a gente diz, e foi bater de porta em porta. Ela veio aqui a esta Casa, encontrou eco em alguns Vereadores e conseguiu, por méritos muito mais dela até, o gravame no Plano Diretor.

Feito esse histórico para que vocês pudessem saber como a ideia do Parque do Gasômetro vem acontecendo, eu passo a comentar um pouco sobre como a gente, junto com os Delegados e com a comunidade, idealizou esse Parque. Esse Parque seria a Praça Júlio Mesquita, que seria juntada à outra parte de um outro espaço que não é praça, que fica do outro lado da Av. Pres. João Goulart. Para isso, a nossa ideia seria o rebaixamento da Av. Pres. João Goulart, de forma que se formasse um retângulo, mais ou menos, porque hoje a Praça Júlio Mesquita, que é bem perto da Câmara, tem o formato de um triângulo. Com esse formato, urbanisticamente falando, a sua utilização não fica muito adequada. Então, dessa forma, criaríamos um retângulo de mais ou menos 5 hectares, fazendo o nosso “Central Park”, o nosso grande parque do Centro da Cidade, que ajudaria também a revitalizar essa região.

Quando surgiu a concretização do projeto do Cais Mauá, que vem de muitos anos, a gente vem acompanhando, para nossa surpresa, uma surpresa boa, diríamos assim, as imagens que vieram sobre o projeto, de alguma forma, encampavam a ideia do Parque do Gasômetro, fazendo com que a Praça Júlio Mesquita passasse por cima da Av. Pres. João Goulart, até uma região onde fica, me parece, uma capatazia do DMLU. Mas, falando conceitualmente, o Cais Mauá seria do muro ao rio. E, naquele setor ali, foi criado um shopping center que passaria do limite do muro em direção a essa área que a gente vem batalhando para ser o Parque do Gasômetro.

Então, nos trabalhos do Cais Mauá, o que aparece? Aparece que, na Praça Júlio Mesquita, quase que se cria uma ponte que passa por cima da rua, e lá, do outro lado, tem um shopping que tem um telhado verde, mas as pessoas não têm acesso a esse telhado verde, elas terão acesso ao shopping. Nesse caso, a nossa ideia de parque fica um pouco descaracterizada. Como área verde, ótimo, ela fica contemplada, mas, para uso das pessoas, como é o conceito que veio do nosso Fórum - a gente representa a comunidade, eu fui Conselheiro eleito, e a Jacqueline é do Movimento Viva Gasômetro -, nós queríamos que os Srs. Vereadores e a Presidente Sofia prestassem atenção para garantir esse espaço de convivência, e que ele não fosse apenas um telhado verde de um shopping center que as pessoas não teriam como acessar. Essa é uma coisa que eu gostaria de frisar, para que a gente pudesse garantir esse espaço para uso público, e não como uma motivação para se chegar a um shopping center, onde não existe acesso à área verde.

Dito isso, o que me resta a comentar? A Cidade está em efervescência com essa oportunidade da Copa do Mundo, com obras que estão muito próximas de ser efetivadas. Que não se deixasse de consultar a comunidade, que não se deixasse de ter isso que a gente conseguiu lá atrás, que foi a participação popular pela qual se conseguiu colocar, dentro do Plano Diretor, um gravame. Talvez tenha sido uma das poucas e raras vezes que isso pôde ser feito nesta Cidade. Por isso estamos aqui, tentando garantir que a comunidade continue sendo ouvida, porque, por exemplo, o nosso Prefeito, quando recebeu aqueles projetos que foram feitos por uma entidade, se não me engano, representativa da FIERGS, ele disse assim: “A Cidade não é só feita pelo Poder Público e também não é só feita pela iniciativa privada”. Claro que não! Está faltando a comunidade aí, porque ela precisa também ser chamada a opinar no processo final. Como se não bastasse, sobre o Projeto Orla, se não me engano, ontem, o Arquiteto Jaime Lerner assinou o contrato com a Prefeitura, da extensão do Cais Mauá, que seria do Gasômetro até a Ponta do Dionísio, sem que tivesse uma licitação. Foi uma contratação. Não que a gente esteja criticando a capacidade do Arquiteto Jaime Lerner, que talvez seja uma das pessoas mais habilitadas para fazer isso. Também acho que é lógico, em termos de urbanismo, que a mesma pessoa que está desenhando uma parte da Orla possa fazer a outra parte da Orla. Não vemos nisso nada de errado. Eu fico perguntando até que ponto esta outra parte do estudo também vai ser submetida a alguma apreciação da comunidade. O próprio Arquiteto, quando questionado, falou que iria ser feito um plano conceitual que vai seguir algumas diretrizes envolvendo um grande grupo de profissionais, funcionários da Prefeitura, que se somarão à equipe dele por terem um grande conhecimento da Cidade. A gente não questiona que os profissionais da Prefeitura sejam excelentes para fazer esse trabalho. Mas o objetivo desta Tribuna, aqui, hoje, é lembrar às autoridades presentes que a comunidade também deveria estar presente, não apenas os técnicos. Mesmo como arquiteto, a gente, na maioria das vezes, tem que ouvir o nosso cliente. Quando a gente não ouve o cliente, certamente não acaba bem. Então, neste caso, é mais uma lembrança, um pedido, uma reivindicação da comunidade que aqui está representada pela Jacqueline, do Movimento Viva Gasômetro, que é uma parcela que pode ser chamada para opinar. Inclusive, o Arquiteto Jaime Lerner fala, em um determinado momento da sua entrevista, que ele deseja incorporar a identidade do povo de Porto Alegre nesse espaço da Orla do Guaíba, e ele diz: “Espero que a gente consiga corresponder à confiança do povo de Porto Alegre”. O povo de Porto Alegre está confiando mesmo que saia um bom trabalho, que, em última analise, se o Prefeito chamou o Arquiteto, a Cidade está também chamando pelo Arquiteto, porque o Prefeito é o nosso representante legítimo. Apenas a gente acha que ele, como nosso representante, tem que nos chamar sempre em todos os momentos, para que a gente possa participar - como a gente está cansado de falar, do Plano Diretor Participativo, e tudo o mais. E, por mais pressa que se tenha para se fazer as obras de 2014, não adianta a gente correr, e depois, lá no final - se fala tanto no legado após a Copa -, pode acontecer que a Cidade não incorpore o Parque ou que não se identifique com o Parque.

Então, dessa forma, eu acho que seria até prudente chamar a comunidade e suas representações para sentar numa mesa, junto com esse grupo de trabalho, com técnicos da Prefeitura e os técnicos do consórcio do Cais Mauá.

Então, para encerrar, eu só lembraria ainda que, junto com o projeto do Parque do Gasômetro, que foi colocado no Plano Diretor, também foi colocado o Instituto de Planejamento Urbano para Porto Alegre. E eu me lembro de que, quando eu era Conselheiro da Secretaria do Planejamento, do Conselho Municipal do Desenvolvimento Urbano, a Secretaria do Planejamento tinha um certo receio em relação à criação desse instituto, como se fossem roubar as prerrogativas da Secretaria. Mas, muito pelo contrário, a gente precisa de um organismo que pense a Cidade de uma forma constante e que se tenha um planejamento estratégico para a Cidade, que a Secretaria do Planejamento vai fazer aquilo que exigem dela no dia a dia. Precisamos de um outro organismo que pense Porto Alegre para 50, 100 anos, e que, dentro desse organismo, também se possa ter a opinião do público, a opinião da comunidade.

Então, aqui fica o meu agradecimento pela oportunidade e fica também este alerta: que a comunidade de Porto Alegre possa ser ouvida em todos os processos nessas obras maravilhosas que estão sendo pensadas para Porto Alegre nesse momento. Obrigado e uma boa tarde. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Rogério Dal Molin. Eu convido para que também se sente à mesa conosco, Rogério, por favor. Nós contamos também com a Suzana Zart e demais representantes da Associação do Parque Usina do Gasômetro.

O Ver. Toni Proença está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. TONI PROENÇA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon, prometo não usar os cinco minutos, pois nós já estamos aqui desde as nove horas da manhã, votando. Tivemos um pequeno intervalo para um lanche.

O tema é pertinente, encanta, e por isso estamos aqui ainda participando desta Sessão, que, aliás, é a última atividade, Jacqueline - a quem eu quero cumprimentar efusivamente pela determinação.

Ver. DJ, quando a Jacqueline soube que eu iria usar o período temático, ela disse: “Novamente!”. Eu tenho certeza de que era a mim que ela estava se referindo, porque eu fui um dos que disseram: “Novamente, Jacqueline!”. E me encanta essa determinação e essa persistência da Jacqueline e do Movimento Viva Gasômetro, em seu todo – eu vejo aqui outros membros e participantes, quem também saúdo –, na luta para que o Parque do Gasômetro se torne uma realidade.

É verdade, nós conseguimos, com o esforço de muitos, fazer o gravame no Plano Diretor. E a partir daí, o próprio Projeto do Cais contemplou o Parque do Gasômetro. O Arquiteto Dal Molin nos fez aqui uma bela ilustração. E eu acho que tu tens razão, Dal Molin, Porto Alegre tem uma longa tradição de participação, de associativismo, de controle social. Não custava ter ouvido um pouco mais as forças da arquitetura e do urbanismo, dos ativistas dessa área em Porto Alegre. Não sou contra a vinda do Lerner, mas acho que a Cidade poderia – e acho que ainda temos espaço – discutir um pouco mais. Os técnicos da Secretaria do Planejamento, liderada, se não me engano, pelo Ferrari, fizeram um grande trabalho de um projeto para toda a orla, e está pronto, e espero que seja aproveitado nesse novo projeto que ora se faz. Eu prefiro enxergar o Parque do Gasômetro – com uma visão toda pessoal – como uma grande esplanada. Eu acho que esse vai ser o grande mérito do Parque, muito mais do que um espaço, com vegetação de lazer; ele será uma grande esplanada para atividades culturais que já estão, aos poucos, se transferindo para esse canto da Cidade, à beira do rio. Ou seja, vamos retomando a posse do rio para os porto-alegrenses. Nós temos ali o Teatro da OSPA, a Usina do Gasômetro, o Museu do Trabalho, a Casa de Cultura Mário Quintana, que o Governador Tarso anuncia, juntamente com o Secretário Assis Brasil, a sua recuperação. Enfim, temos ali todo um caminho cultural que eu acho que vai desaguar nessa grande esplanada que será o Parque do Gasômetro e ficará um novo espaço de manifestação cultural na Cidade, deixando a Borges com a Rua da Praia – a Esquina Democrática – para ser a manifestação política da Cidade, transferindo toda a manifestação cultural para esse canto.

Portanto, é um belo Projeto. Seja esplanada; seja parque, eu tenho certeza de que ele já começa a ganhar contorno de realidade, e só tem esses contornos de realidade por conta da luta de vocês, por conta da luta do Movimento Viva Gasômetro, e mais do que isso, por conta da teimosia e da obstinação da Jacqueline Sanchotene, que briga o tempo todo para transformar o Parque numa realidade. E tu tens razão quando dizes que a primeira parte foi feita, foi chamar a atenção da Câmara e ganhar aliados para que a gente pudesse fazer o gravame no Plano Diretor, e o Ver. Comassetto, habilmente, soube ensinar o caminho para isso. A segunda parte foi que, hoje, o Parque do Gasômetro está praticamente integrado no imaginário de boa parte da população da Cidade. Então, descartá-lo seria muito difícil. Agora, a terceira parte, que é executá-lo - não é, Ver. DJ Cassiá? -, exige a continuidade dessa persistência, dessa teimosia e dessa determinação. Parabéns a vocês, bom Natal a todos e um feliz 2012 com o Parque do Gasômetro cada vez mais próximo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Srª Presidente; Presidente Jacqueline; nossos convidados, só quero dar as minhas saudações a vocês, integrar-me a essa luta sadia, que trata de vida, de saúde. Você mesma, Jacqueline, teve algumas passagens importantes nesta Casa durante este ano, totalmente engajada nessa luta do Gasômetro. E tenho plena certeza, Presidente, de que a grande maioria da representação desta Casa apoia essa luta. Com certeza, que o ano de 2012 seja um Gasômetro melhor ainda do que foi 2011. Um Feliz Natal e um Bom Ano a todos!

Quero aproveitar para agradecer ao nosso Diretor Legislativo, Luiz Afonso; a todos os funcionários desta Casa que me auxiliaram durante o ano do meu mandato como Vice-Presidente desta Casa, que, para mim, é um orgulho, podem ter certeza; uma das partes mais importantes do meu currículo está neste fato. Muito obrigado. Um bom ano a vocês.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra no período temático de Comunicações.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, eu não vou saudar a despedida, porque nós temos um encontro marcado na quarta-feira, no último ato oficial da sua administração, que, para nossa alegria, é em conjunto com a Ouvidoria. Mais do que nunca, estaremos atentos até a última hora, ouvindo a sociedade, a comunidade de Porto Alegre e nos colocando à disposição.

Mas como, neste plenário, este é o último ato que ocorre no seu período administrativo, eu quero registrar um fato muito singular, a presença do Dr. Rogério aqui conosco, que é o grande idealista do Parque Temático do Gasômetro; da minha querida Jacqueline aqui, que é para fechar o seu ano administrativo. A Jacque já é quase que integrante da nossa Assessoria permanente da Casa, tamanha a frequência com que ela nos alegra com a sua presença nessa luta que ela nos envolveu, porque hoje nós estamos comprometidos na tarefa pela forma com que a Jacqueline, ao longo de todo esse período, persistentemente, vem pugnando.

Quero desejar ao bom arquiteto, à nossa brilhante e sempre presente Jacqueline, desejar aos três que tenham, com os seus familiares, um excelente Natal, com o espírito cristão prevalecendo, e que a solidariedade, a paz e a harmonia habitem com vocês nesse período, durante as festas de fim de ano e na vida toda. Um beijo no coração de todos vocês e boas-festas.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): De fato, esta é a última atividade ordinária, mas, na semana que vem, teremos Comissão Representativa nas quartas e quintas-feiras, pela manhã. Na quarta-feira, a nossa Ouvidoria estará, o dia inteiro, na Esquina Democrática, prestando contas e escutando a população.

Mais uma vez, ouvimos a reivindicação do Parque Usina do Gasômetro para que o Projeto Cais do Porto respeite e escute a população do entorno, através do Movimento Viva Gasômetro. Sugiro à Jacqueline que solicite a esta Casa uma audiência pública para tratar dos detalhes do projeto do Cais do Porto; há reivindicações aqui, e sonho, assim como Ver. Toni Proença, com uma grande esplanada em torno da Usina do Gasômetro. Não haverá prédio da altura da Usina, acho que já há grandes vitórias, a vitória do Parque no Plano Diretor. De fato, a participação pró-ativa da comunidade e nós garantindo, Ver. Toni, que ela seja ouvida, essa é a nossa tarefa de Legisladores, que nós teremos uma orla que não venha a agredir a vontade e o desejo da população de Porto Alegre, e, sim, que venha compor.

 

O SR. TONI PROENÇA: Fico imaginando que, daqui a um ou dois anos, possamos comemorar o fim do ano legislativo com um grande concerto na esplanada do Gasômetro.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Certamente o faremos.

A Jacqueline Sanchotene está com a palavra.

 

A SRA. JACQUELINE SANCHOTENE: Em primeiro lugar, quero agradecer à Presidente da Casa, à Mesa Diretora, por todos os espaços cedidos para a gente. Eu acho que nenhuma outra Casa Legislativa do País é tão democrática. Isso só fez a gente enriquecer. Eu fiquei muito emocionada. É uma luta grande, e eu estou feliz. Eu compartilho com todos vocês. (Chora.) (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Se o ano não encerrasse com o choro da Jacqueline, não seria um ano encerrado!

 

A SRA. JACQUELINE SANCHOTENE: Eu queria agradecer a presença da Suzana Zart; do nosso DJ Leandro Machado; da minha tia Maria Helena e da minha filha.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): E do Rogério.

Os nossos jardineiros estão aqui. Com a imagem de vocês na TVCâmara, nós queremos encerrar o ano legislativo. Eu gostaria que vocês viessem a este plenário. Esta é uma construção que a Câmara levou seis meses para fazer: aqui nós temos os jovens aprendizes trabalhando no jardim da Casa. Eu quero acolhê-los com muito carinho. Eles estão trazendo uma pequena lembrancinha, que vão passar às mãos dos senhores.

 

(Jardineiros entregam presentes.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Já registramos a entrada de vocês, depois vou abraçá-los.

Eu quero encerrar agradecendo a todos os funcionários, desejando um Feliz Natal com seus familiares. Amanhã é um dia de descanso, de preparação da grande festa.

O Terno de Reis foi o nosso presente de Natal a todos os funcionários. Nem todos conseguiram assistir, mas nós queremos que vocês saibam que o que o Ver. DJ falou aqui é verdade. A tranquilidade que nos dão os setores da Casa, a competência e a dedicação de cada um são inestimáveis. E o povo de Porto Alegre pode ter certeza que tem, nesta Casa, um quadro muito qualificado de servidores que nós procuramos respeitar, valorizar, desde a criação da comissão de obras até o concurso público, que são emblemáticos, da valorização que nós temos em relação aos nossos funcionários, a excelente negociação salarial que tivemos, os ajustes diferenciados que os setores tiveram. Mas ainda não é hora de se fazer balanço, é apenas de abraçá-los com carinho, desejar que a história de Jesus nos reanime para continuarmos mudando a vida, que as famílias se reencontrem e superem algumas dificuldades, porque todas as famílias as têm.

E nós encerramos a nossa Sessão Extraordinária às 16h35min do dia 22. Muito obrigada e um abraço no coração de todos vocês.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h35min.)

 

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